OAB 42: saiba como se preparar para a segunda fase do exame!

 Passou na primeira fase da OAB 42 e não sabe como se preparar para a segunda parte? Não se preocupe, pois o DODF chegou para te ajudar!

Como falamos no nosso artigo anterior sobre o tema (você pode acessá-lo clicando aqui), o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é uma prova difícil assim como qualquer outro concurso público, uma vez que será por ela que recém-formados na faculdade poderão atuar no ramo jurídico e lutar pelas injustiças que, infelizmente, acometem a nossa sociedade. 

Porém, lembra o que dissemos naquele artigo? A prova da OAB como um todo, especialmente a segunda fase, até pode ser difícil e fazer com que alguns necessitem fazer o certame de novo, mas ela com certeza não é impossível de ser “derrotada”. Perceba: você já passou na primeira fase! Agora é só estudar mais um pouquinho no tempo que resta (e é muito tempo, sejamos francos) e se preparar para conseguir a sua tão sonhada carteira vermelha da OAB! 

Algumas dicas podem até ser comuns para você, já que muito provavelmente as utilizou para sua preparação para a prova objetiva. Entretanto, quando estudamos para concursos sempre, não importa a ocasião, aparecem informações novas que são capazes de nos ajudar a conseguir nossa tão sonhada aprovação, como o artigo que o DODF traz a vocês hoje!

Vamos começar?

1 – Como é a segunda fase da OAB 42?

A segunda fase da OAB é dividida em duas etapas: a peça prático profissional e quatro perguntas discursivas.

Nas quatro questões discursivas, as quais valem 1,25 ponto cada uma, o candidato precisa responder em até trinta linhas situações problemas ou um questionamento feito pela banca.  

Já na peça prático profissional, é pedido uma redação para que o candidato comunique, argumente ou solicite algo para as autoridades acerca de um assunto que se baseie na área do conhecimento pedido pelo candidato na hora da inscrição. Mais do que nas perguntas, a peça disponibiliza um limite de 150 linhas para que o indivíduo desenvolva sua redação acerca do tema pedido.

Assim como na peça prático profissional, o candidato também responderá às questões baseadas na matéria jurídica de sua escolha, que pode ser Direito Penal, Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho e Direito Empresarial.

Apesar de serem “menos” tarefas do que na prova objetiva, fazer provas discursivas de concursos públicos, ainda mais da OAB e organizada pela banca FGV (considerada a mais difícil de todas), pode ser uma tarefa ainda mais árdua do que foi na primeira fase, uma vez que a pessoa terá que escrever um raciocínio coeso, com uma boa estrutura e caligrafia legível, e não apenas marcar as opções com uma bolinha como acontece em todos os concursos. 

Sendo assim, vamos conhecer algumas dicas de ouro para que você possa se dar na segunda fase da OAB 42.

2 – Como manda a tradição, faça simulados da prova prático profissional

Não importa o tipo de prova, a banca que a organizava, as matérias que caem e muito menos o ano em que ela foi aplicada, fazer simulados da prova que você irá concorrer, principalmente se for uma prova discursiva como a segunda fase da OAB, será o melhor tipo de preparação que você poderá fazer para ajudar a si mesmo nesta fase.

Quando fazemos simulados, estamos literalmente fazendo uma simulação de como será o dia da prova, então é mister que você faça simulados quantas vezes for preciso até o dia da sua prova, porque será através deles que você conhecerá todas as características, nuances e mínimos detalhes dela. 

Existem milhares de simulados gratuitos na internet, caso você não possa assinar um curso preparatório. Além de provas parecidas que a segunda fase, você também pode acessar às provas antigas e fazer delas os simulados da sua preparação, que serão ainda melhores porque foram feitos pela banca organizadora. 

Tente alternar o estudo com simulados com as próximas dicas, que são ainda mais importantes.

3 – Treine a sua caligrafia o máximo que conseguir

Por ser uma prova discursiva, você precisa ter uma letra que seja legível. 

Veja bem: não é a melhor ou mais bonita letra do mundo, mas sim uma letra legível, a qual possa ser lida por seus examinadores sem nenhuma dificuldade (caso contrário, você pode perder pontos por isso!).

Caso você tenha dificuldade em escrever rápido (mas não veloz!) e isso implique em deixar sua letra difícil de ler, então pegue esse tempo que você tem até o dia da segunda fase (16/02/2025) e treine sua caligrafia a fim de que você possa garantir pontos nesse quesito, e que não será por conta disso que sua prova pode ser zerada. 

Treine aos poucos, primeiro apenas escrevendo seu texto com sua letra mais legível, depois com um cronômetro para você treinar o seu tempo e não ser afetado por ele no dia da prova, tudo bem? 

4 – Conheça o seu Vade Mecum!

Na segunda fase da OAB, é permitido que o candidato leve um Vade Mecum (certifique-se de quem ele e o restante de seus materiais estão conforme as regras da banca) para que o utilize ao longo da prova, além de outros materiais para auxílio, como códigos, súmulas, leis de introdução dos códigos, exposição de motivos, regimento interno, resolução dos tribunais, enunciados e orientações jurisprudenciais. 

Entretanto, existem algumas regras para você poder utilizar eles, que são:

  • Os seus códigos não podem ter comentários, anotações, comparações ou até um tipo específico de organização que estruture qualquer tipo de roteiros que possa servir como base para a sua peça prático profissional oficial;
  • Nenhum dos seus materiais podem conter anotações ou transcrições pessoais;
  • As suas marcações, seja com marca-textos, símbolos, post-its ou traços não podem, de forma alguma, ter estruturação de roteiros para peças – como também são proibidas anotações pessoais feitas com eles;
  • A legislação, assim como os códigos, súmulas e orientações jurisprudenciais, não podem ter comentários, anotações ou comparações de nenhuma natureza;

Outras condutas proibidas que podem te desclassificar da segunda fase são:

  • Levar cópias (xérox);
  • Impressões da internet;
  • Informativos de Tribunais;
  • Dicionários ou qualquer outro material que não sejam: legislação, códigos, súmulas, enunciados e orientações jurisprudenciais;
  • Jurisprudências;
  • Notas adesivas manuscritas, impressas ou em branco, pertencentes ao candidato;

Agora, quando falamos nas condutas permitidas, podemos resumir nos principais:

  • Legislações, códigos, súmulas, enunciados e orientações jurisprudenciais sem comentários, anotações ou comparações, de forma que não estruturem roteiros de peças, remissões doutrinárias, jurisprudências e informativos dos tribunais;
  • É permitido a utilização simples de marca texto, traços ou uma remissão simples em artigos, ou na própria lei;
  • Exposição de motivos;
  • Leis de Introdução dos Códigos;
  • Instruções Normativas;
  • São permitidos também índices remissivos, sejam temáticos ou em ordem alfabética, desde que, assim como o primeiro tópico, não estruturem roteiros de peças;
  • Regimento Interno;
  • Resoluções dos Tribunais;
  • Seus códigos podem ser separados por clipes ou por separadores fabricados originalmente pela editora dele, contanto que este último tenha apenas uma simples remissão nas leis.

Além de todas essas regras, algo que vai te salvar muito na hora da prova será o seu Vade Mecum, no qual você poderá basear sua peça e suas respostas discursivas se ele estiver nos requisitos acima, claro.

Escolher um Vade Mecum é algo que vai de pessoa para pessoa, já que existem milhares de versões de um mesmo manual, porém o que mais importa na hora de escolher o seu é: a data de publicação dele. 

Não adianta de nada você escolher um Vade Mecum de 2022 sendo que, em dois anos, as leis mudaram de forma considerável, e não ter um manual jurídico atualizado pode te custar muitos pontos na prova. 

Logo, quando você for comprar o seu e conhecê-lo de uma ponta a outra (fazendo as marcações permitidas da OAB), se atente ao quão atual ele é, tudo bem?

5 – Reserve um tempo para treinar o desenvolvimento de peças processuais

Assim como você irá reservar um tempo para treinar sua caligrafia, a escrita de questões discursivas por meios de simulados e conhecer o seu vade mecum por inteiro, você também deve encaixar na sua rotina o treino de desenvolvimento de peças processuais.

A definição de “peça prático profissional” é a mesma de “peça processual”, ou seja: é o documento que os advogados utilizam para dar início a um processo. 

Caso você já tenha feito o ENEM, já deve saber a melhor forma de estudar para essa parte da prova, visto que é a mesma dinâmica: quanto mais você estuda e prática a estrutura do seu texto, maiores serão as chances de você tirar uma nota alta no seu exame oficial. 

A única diferença entre o ENEM e a peça prático profissional é o estilo do texto, ou seja: enquanto no vestibular é um texto dissertativo-argumentativo, com quatro parágrafos que exigem o uso de repertórios socioculturais e dados estatísticos, na peça processual o candidato terá que demonstrar certa técnica jurídica comum no ramo, ter consistência em seus fundamentos, possui boa interpretação e ser capaz de dominar o raciocínio jurídico pedido pela OAB.

Com tudo isso em mente, você terá que estudar o melhor “esqueleto” da sua peça para poder utilizá-lo e ganhar tempo no dia, visto que ter algo previamente pronto e apenas precisar preencher e adequar seu modelo com o tema proposta será, com certeza, muito mais prático e mil vezes melhor do que chegar perdido e arriscar ir mal na parte mais importante da prova. 

Anotou todas as dicas do DODF? Ótimo! Agora vamos para a melhor (e mais importante) dica de todas essas.

6 – Tenha confiança em si! 

A síndrome do impostor pode afetar até mesmo a pessoa mais confiante do mundo, mas confie no seu potencial e nos seus conhecimentos, cuidado com os pensamentos autodepreciativos! Todo o seu esforço de meses (ou até anos!) pode cair por terra porque não confiou em si mesmo.

Sabemos que pode ser difícil levar esses pensamentos para longe da nossa cabeça quando vivemos numa sociedade que preza mais pela quantidade do que pela qualidade. Sim, também é complicado deixarmos o que nos aflige de lado quando vivemos nos comparando diariamente com pessoas da internet que, no primeiro momento, podem ter a vida dos sonhos, mas é quase certo que também vivem com esses mesmo temores. 

Se você chegou aqui, o DODF quer te dar um recado: sabemos que você tem pouco mais de dois meses para se preparar para essa segunda fase, e sabemos também que cada um tem uma rotina e realidade diferente do outro, e talvez seja um pouco dificultoso se dedicar horas para os estudos tendo trabalho ou até mesmo faculdade no dia a dia, mas sabe de uma coisa? Confiar em nós mesmos é a melhor saída para ter uma preparação tranquila para uma prova tão importante quanto a segunda fase da OAB.

Sabe por quê? Porque mesmo com os pequenos problemas do dia a dia, os pensamentos confusos acerca do futuro e tantos outros fatores, é possível que você e qualquer outra pessoa consiga ser aprovada de vez neste concurso, uma vez que só nós sabemos a verdade sobre a nossa jornada, como também só nós podemos decidir se somos capazes ou não de fazer algo. 

“Ah, mas se eu não passar?”, se você não passar (o que é muito difícil de acontecer, já que você conseguiu chegar até aqui), ainda existirão outras provas da OAB para você tentar de novo. Não ligue para o tempo, se você deseja ser mesmo um profissional da área jurídica que precisa ter uma OAB, então o tempo nada mais é do que um adicional na sua jornada. Você pode demorar quantos meses ou anos for para ter sua aprovação, mas tenha certeza de que, quando esse momento chegar, seu coração terá entendido que todo o seu esforço valeu a pena, porque você enfim realizou o seu sonho.

Nós do DODF te desejamos bons estudos e até a próxima!