MP autoriza contratação sem processo seletivo para o IBGE

Conforme a Medida Provisória (MP) 1.141, a partir dessa segunda-feira (21) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, poderá fazer a contratação de funcionários, que irão atuar no Censo 2022, sem a necessidade de um processo seletivo. Segundo a Agência Brasil “estão incluídos aposentados pelos regimes próprios de previdência social da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios”.

A Secretaria-Geral da Presidência informou, em nota, que a MP, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, foi editada para acelerar o Censo de 2022 e garantir que a coleta de dados seja concluída ainda neste ano.

No Diário Oficial da União (DOU) dessa segunda (21), a MP determina que os contratos vão desempenhar atividades ordinárias pertinentes ao recenseamento. Em comunicado o IBGE ainda informou que não haverá diferenças nas condições de trabalho entre os contratados e concorrentes.

“Haverá igualdade de condições na seleção, na contratação e na execução da contratação entre os aposentados e os demais concorrentes ou contratados”, informa o IBGE.

Censo 2022

O censo 2022 vem sofrendo com atrasos na coleta de dados, por conta de falta de recenseadores. A coleta estava prevista para acabar no final de outubro desse ano, porém o final da coleta de dados foi adiada por duas vezes, sendo final de dezembro o prazo para o fim da coleta.

De acordo com o IBGE, até o momento, só 64,3% do Censo 2022 está concluído, onde cerca de 50% dos recenseadores estão trabalhando. O Instituto também disse que pretende completar o quadro com novas contratações. No entanto, o prazo para finalizar a coleta se mantém em dezembro.

Último balanço

O último balanço do Censo 2022, aponta que a contagem dos brasileiros estava em 136 milhões, o que correspondia a cerca de 63% da população, que é estimada em 215 milhões de pessoas.

Segundo o IBGE, naquela data eram 90,5 mil recenseadores trabalhando no Censo, o que correspondia a menos da metade das 183.021 vagas planejadas pelo Instituto para a realização da operação.

No dia 1° de novembro foi realizada uma coletiva de imprensa com o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, que reconheceu o atraso na coleta de dados, e ainda disse que iria rever a forma de contratação dos recenseadores nas próximas edições, para que não haja mais dificuldades.

“Hoje estamos com 93 dias de Censo em campo, com a expectativa de que estivesse 100% concluído. Está faltando ainda um terço do Censo a ser concluído. Vamos concluir o Censo em meados de dezembro para entregar os dados do TCU em 28 de dezembro”, disse Azeredo.