Concurso SEDEST: Para PCDF, não houve fraude em concurso

Inquérito instaurado pela Polícia Civil do DF para investigar denúncias de fraude no concurso público da Secretaria de Desenvolvimento Social , antiga Sedestmidh, foi concluído nesta quarta-feira (3/4).

Os investigadores não constataram qualquer sinal de fraude e não houve indiciamentos. O processo seletivo recebeu 53.748 inscrições. No dia da prova, 24 de março, após atraso na aplicação dos exames, houve tumulto e o certame acabou suspenso.

A apuração ficou a cargo da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública (Cecor). Dezenas de pessoas prestaram depoimento à polícia, entre candidatos, fiscais, organizadores e servidores da secretaria. O certame foi organizado pelo Instituto Brasil de Educação (Ibrae).

Na época, em nota, o Ibrae disse que cometeu um “engano” ao mandar o malote de provas para a faculdade errada, mas afirmou que o cancelamento das provas se deu por conta de atos de vandalismo de alguns candidatos.

Esse “engano”, segundo o Ibrae, atrasaria em 27 minutos o início da prova em cinco salas da Universidade Paulista (Unip), na 913 Sul. As provas acabaram sendo enviadas para a Upis.

O instituto detalhou que a distância entre as universidades é de menos de 1 km e frisou, ainda, que o “engano” foi solucionado.

VANDALISMO

Para a banca, houve vandalismo. “Contudo, um único fato impediu o reinício da prova. Quatro homens deixaram, juntos, uma das salas, contrariamente à instrução da coordenação do concurso. Eles foram reiteradamente informados que deveriam retornar para o local de provas, mas se negaram a fazê-lo. Em seguida, os vândalos prenderam seis coordenadores do concurso na Sala de Coordenação da Unip, durante mais de duas horas, inviabilizando que as provas corretas fossem, enfim, levadas às salas”, comunicou o Ibrae.

PROBLEMAS COM A APLICAÇÃO DAS PROVAS

As provas que foram aplicada no período matutino deveriam começar às 8h do último domingo (24). Porém, os candidatos que estavam na Universidade Paulista (Unip), na 913 Sul, só receberam as questões por volta das 9h.

Com o atraso, alguns concorrentes abandonaram as salas, exibiram provas nas janelas e usaram o telefone celular para trocar mensagens, fazer fotos e vídeos. Muitos pediam a anulação do certame marcado para este domingo (24).

Nos corredores, a suspeita é de que um malote tenha sido extraviado do bloco I.

Às 10h, muitas pessoas desistiram e foram embora revoltadas, com as provas em mãos. Outros problemas citados foram a falta de detector de metais, de policiamento e falha na fiscalização. “Não tinha fiscal nos corredores nem mesmo no banheiro. O que é de praxe em todos os concursos. Foi uma bagunça generalizada”, disse o candidato Paulo Mesquita.

Em algumas salas, os candidatos chegaram a responder as questões, mas foram avisados de que não havia cartão resposta para preencher.

A Polícia Militar informou que foi chamada após a notícia do cancelamento da prova, mas não houve necessidade de ação policial.

Nas redes circulam vários vídeos dos problemas ocorridos:

MAIS DE 50 MIL CANDIDATOS INSCRITOS

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (SEDES), antiga Sedestmidh, 53.748 candidatos se inscreveram no certame.

Foram 27.297 para os cargos de ensino médio e 26.451 para nível superior. Para o cargo de Educador Social, a pasta reservou 18 vagas para contratação imediata e 90 para formação de cadastro reserva.

A remuneração para a carreira é de R$ 3,5 mil, com jornada de 30 horas de trabalho semanais.

Com informações metropoles.com