Nem sempre a frase “memorizar não é estudo” é verdadeira.
Tudo bem, existem situações em que você não pode, de forma alguma depender da sua memória quando você não aprendeu nada.
Aprender é o pilar mais importante quando falamos de estudos para concursos, uma vez que você está estudando para poder exercer um cargo de alta responsabilidade, o qual poderá mexer desde processos judiciais até mesmo com a saúde das pessoas. Sem esse aprendizado, que poderá ficar para o resto da sua vida, você não irá a lugar algum.
Porém, como nem tudo são flores para o concurseiro, existem alguns termos e palavras que são difíceis de lembrar, mesmo que você tenha aprendido seus significados e saiba defini-los de cor e salteado. São aqueles nomes super complicados e extensos que, infelizmente, precisam entrar em nossa cabeça de uma forma ou de outra.
E é aí que entram as “técnicas de memorização”, as quais se autoexplicam com sua terminação.
Essas técnicas, caso usadas da maneira certa e atrelada com o processo de aprendizado, poderão te ajudar a conquistar sua tão sonhada aprovação e economizar tanto tempo que você verá que esses termos, que só faltam tirar o resto do nosso juízo, não são tão difíceis de lembrar quando pensávamos.
Logo, é com esse tema que o DODF estreia o artigo da semana, no qual te apresentaremos as melhores técnicas de memorização para serem usadas em concursos públicos!
Vamos começar?
1 – Em primeiro lugar, como posso melhorar minha memória?
Memorizar algo que vá te ajudar daqui a uma semana ou um mês, não é algo fácil e muito menos milagroso de se fazer. É necessário treinar sua capacidade para, no futuro, não ter desapontamentos consigo próprio.
Memória é, antes de mais nada, a capacidade do cérebro humano de armazenar e absorver determinados tipos de informações. Tais dados podem ser os mais variados possíveis, como matérias para concursos/provas/vestibulares quanto conhecimentos não muito úteis na visão da sociedade, como letras de música, a vida inteira de certos famosos, entre outros.
Mesmo que diversos professores não gostem que seus alunos “memorizem” as informações, é um fato inegável que existem sim noções que precisam ser memorizadas (apesar de a pessoa saber sua definição).
Claro, você não pode depender apenas de sua memória, mas utilizá-la a seu favor nem sempre é ruim, sabe?
Por isso, antes de mais nada, você precisa treinar sua capacidade de lembrar de algo a pequeno, médio e longo prazo, porque só assim você poderá seguir adiante com os seus estudos e, quem sabe, conseguir a nota dos sonhos!
O primeiro passo que você precisa dar para este feito é ter uma compreensão mais profunda sobre o assunto, conseguir associar ele com algo que tenha ou não a ver com seu significado (como veremos mais para frente sobre os mnemônicos).
Você precisa ter uma forte conexão com o assunto, porque será através dela que você conseguirá memorizar qualquer tema (até os que você não goste muito). Tente dar um propósito a ele, uma função inegociável que poderá mudar sua vida por inteiro (como tomar posse e ter estabilidade, por exemplo).
Para isso, você precisa descobrir como você memoriza algo com mais facilidade e rapidez: é escrevendo? Falando em voz alta? Desenhando? Fazendo associações entre novas palavras e significados?
A partir de agora, você saberá essa resposta.
2 – Explique a matéria de si para si mesmo em voz alta
Aqui estão dois métodos implementados em um só: explicar para si mesmo enquanto fala em voz alta.
Sabia que só explicamos algo para outra pessoa quando sabemos muito sobre o assunto? Pois é! E é por conta disso que, talvez, seja um dos melhores métodos que conhecemos!
É a mesma lógica de fazer uma prova discursiva: você precisa explicar um assunto com suas próprias palavras para quem não sabe, até porque esse é o objetivo de uma prova assim, não? A única diferença será que você fará essa resposta em voz alta e para si mesmo, e não para uma banca examinadora.
Quando ouvimos uma música por repetidas vezes seguidas e começamos a cantar junto, a letra é gravada em nossa memória, assim como frases de filmes/série, ditados populares, palavras “engraçadas”, e vários outros!
Caso você não goste de falar em voz alta por muito tempo, vale também gravar sua própria explicação e ficar ouvindo até conseguir memorizar (tal qual uma música!), assim você pode fazer outras tarefas enquanto estuda (várias pessoas escutam a própria explicação enquanto fazem tarefas de casa, comem, esperam dentro do ônibus até chegar no ponto).
3 – Palácio da Memória: conheça o método Loci
Com uma metodologia tão legal que parece que estamos brincando enquanto estudamos, o método Palácio da Memória (também conhecido como Loci) é uma ótima forma de estudar ao ter uma vasta imaginação.
Funciona da seguinte forma: você fecha os olhos e se concentra em imaginar um lugar no qual tenha vários objetos que você pode utilizar para lembrar da matéria da sua prova. Além disso, é possível também imaginar vários cômodos diferentes e deixá-los apenas com um ou mais temas a serem estudados. O importante neste método é utilizar o máximo da sua capacidade imaginativa para lembrar no futuro termos, significados e toda e qualquer informação que terá um certo grau de importância para sua aprovação.
Algumas pessoas podem ter certa dificuldade em imaginar algo que possa não existir, mas acredite: se você trabalhar diariamente sua imaginação, fechar os olhos e se concentrar realmente em criar um “Palácio da Memória” na sua mente, esse método será tão proveitoso quanto qualquer outro!
4 – Desenhe o que você entendeu caso as palavras não funcionem
Se tem algo que o ser humano consegue lembrar a longo prazo, são desenhos.
De todas as suas formas, tipos, tamanhos e significados, desenhos podem ser grandes aliados dos concurseiros quando o assunto é memorizar algo complicado para se utilizar no dia do certame!
Use setas, círculos, retângulos, os mais diversos símbolos para resumir aquela explicação que você não conseguiu entender através das palavras, sabe?
Esse método está muito atrelado aos mapas mentais, que são formas de resumir uma explicação em uma única folha por meio de símbolos e outros tipos de desenhos! O Cérebro humano, a depender da pessoa, é bastante visual quando o assunto é “memória”, logo é super normal que você ainda se lembre de uma cena ou outra de seus desenhos favoritos da infância, como Pica-Pau, Caverna do Dragão, Pantera Cor-de-Rosa…
“Ah, mas se eu não funcionar com símbolos e precisar desenhar literalmente o que está escrito?”, não tem problema! Ninguém irá te julgar por utilizar desenhos literais ao invés de simples simbolismos!
Desenhar a explicação é uma ótima técnica para quem não se dá muito bem com as palavras, já que, na hora da prova, será bastante provável que você se lembrará de forma nítida dessa página com a qual estudou por meio de desenhos ao invés de apenas palavras (que podem confundir na hora, convenhamos).
5 – E os mnemônicos? Realmente funcionam?
A depender do indivíduo, pode funcionar tão bem quanto qualquer outro método.
Mnemônicos nada mais são do que palavras ou frases criadas para significarem termos complexos nos estudos.
De início pode parecer difícil, afinal esse método é realmente um pouco complicado quando vamos testá-lo, mas basta prestar um pouco mais de atenção que, por sorte, utilizar mnemônicos pode ser ainda mais divertido do que o Palácio da Memória.
Não existe segredo neste método: a partir de uma gama de termos com significados complexos, você utiliza uma palavra-chave para que cada letra dela signifique algo, como:
- LUTA:
- Lugar do crime – Ubiquidade;
- Tempo do crime – Atividade;
- Exclui a culpabilidade MEDECO:
- Menoridade;
- Embriaguez completa;
- Doença mental;
- Erro de proibição inevitável;
- Coação moral irresistível;
- Obediência hierárquica.
Algumas pessoas podem não se adaptar muito bem por sentirem que tal método é mais confuso que os outros, isso é fato. Porém, caso elas treinem bastante e comecem a aplicar o uso de mnemônicos em seu dia a dia, terão ainda mais facilidade nas provas!
6 – Dentre todos esses métodos, cuide da sua saúde mental
Não adianta de nada você ser um belo especialista em todas essas formas de memorizar algo e não estar com a saúde mental em dia.
Sabe aquela frase “Corpo são, mente sã”? Ela se aplica muito bem ao que queremos dizer na conclusão deste artigo.
A mente é responsável por todo o funcionamento do corpo humano, desde os órgãos, a motorização dos membros, o ato de fazer uma ação (mesmo que de maneira inconsciente), além de ser também quem rege nosso bem-estar emocional a fim de que não tenhamos um colapso por todas as informações que alojamos nela.
Mesmo se você dominar cada um destes métodos e for o melhor em desenhar ou criar palavras para lembrar de significados complexos, porém não cuidar da própria saúde mental como ela merece, então você só jogará seu tempo fora e, infelizmente, precisará e enfrentar mais um ano de estudos e incertezas no mundo dos concursos.
Tudo bem, a vida adulta é corrida e nem sempre temos condições de dar uma pausa e ir até o médico (seja por falta de tempo ou condições financeiras), mas cuidar da própria mente vai muito além do que apenas ir a um psicólogo/psiquiatra e tomar dúzias de medicamentos, sabe?
Cuidar da própria saúde mental pode estar atrelado a descansar fazendo algo que gosta, fazer um exercício físico prazeroso, sair com os amigos ocasionalmente, passar um tempo de qualidade com a família ou até mesmo somente dormir (para recarregar nossas energias para o próximo bloco de estudos).
Quando o rumo de toda nossa vida está em jogo por conta de acertos em uma prova, tendemos a ficar com a cabeça cheia por um instante e esquecer de cuidar dela.
Acredite: isso é tão ruim quanto o ato de não estudar.
Se queremos ter bons resultados em qualquer coisa (em especial estudo para concursos), cuidar da saúde mental é algo inegociável para qualquer pessoa, do contrário todo o esforço que ela colocou na preparação deste concurso terá sido em vão.
Existem várias formas de conseguir consultas psiquiátricas e psicológicas sem gastar muito: ONGs (Organizações Não Governamentais), postos de saúde, hospitais universitários e profissionais que oferecem preços populares são ótimas opções para quem não possui grandes condições financeiras conseguir cuidar da própria mente.
Não importa quanto tempo você demore a passar em um certame ou quanto tempo levará para você conseguir aprender todo o conteúdo, o que mais importa agora (e que, com certeza, estará com você independente de um resultado positivo ou não) é a sua própria saúde, uma vez que sem ela não somos ninguém e muito menos capazes de atingir nossos maiores sonhos.
Nós do DODF te desejamos bons estudos e até a próxima.
