O governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou que a Controladoria-Geral do DF (CGDF) passe a analisar os currículos de comissionados e servidores de carreira lotados em funções de confiança somente após as nomeações, e não mais antes, como estava sendo feito. O objetivo é acelerar as contratações na administração pública do Distrito Federal.
Isso porque a CGDF estava sobrecarregada e, com a demora na posse de novos funcionários, secretarias, administrações regionais e demais entidades estavam com atividades estagnadas.
Segundo informações, a previsão é nomear, nos próximos dias, cerca de 8 mil pessoas, entre comissionados sem vínculo com a administração e servidores que já integram os quadros do Executivo – neste último caso, para desempenhar funções de confiança.
Só depois os nomes passarão pelo crivo da Controladoria-Geral. Se for detectada qualquer restrição, o indicado será exonerado.
“Em virtude da agilidade e de problemas que estamos tendo com o decretão que exonerou todo mundo, tive de alterar o procedimento. Estou mandando as nomeações para a Controladoria depois da nomeação. Quando volta com algum problema, os servidores são exonerados. Então, aqueles que voltarem com parecer contrário da CGDF serão exonerados”, afirmou Ibaneis.
O ritmo das nomeações será um dos temas tratados pelo governador em reunião nesta sexta-feira (18/1), no Palácio do Buriti, com secretários e administradores.
Ibaneis quer identificar quais são os órgãos do GDF que estão mais carentes de pessoal e com falhas no atendimento ao público.
Nos primeiros 17 dias de governo, Ibaneis exonerou todos os trabalhadores em cargos ou funções comissionadas – com algumas exceções – e só havia nomeado, até a noite de quinta (17), 3.337 pessoas – incluindo as 297 publicadas em edição extra do Diário Oficial do DF.
No fim da gestão Rodrigo Rollemberg (PSB), havia 16.558, entre comissionados e concursados em funções de confiança. Ao fim das nomeações, o emedebista quer uma estrutura 30% menor desses cargos em relação à do antecessor.
A consequência de não conseguir nomear os comissionados é o atendimento insuficiente à população.
DECRETO
Em 9 de janeiro, o chefe do Executivo havia assinado uma circular definindo como deveria ser o processo seletivo para a contratação de servidores comissionados.
De acordo com o documento, as indicações deveriam ser encaminhadas à Casa Civil do Distrito Federal acompanhadas dos currículos correspondentes.
Os dados passariam por análise da Controladoria-Geral, que teria a missão não apenas de checar os antecedentes dos novos contratados como também de monitorar a vida funcional e patrimonial do quadro efetivo.
O objetivo era detectar qualquer suspeita de enriquecimento ilícito. Agora, só será possível fazer esse levantamento depois que o servidor já estiver nomeado.
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Com informações metropoles.com
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