Como lidar com a frustação de não ter passado em um concurso?

O mundo dos concursos nem sempre é repleto de alegria e festanças.

Ainda mais quando o concurseiro se esforça tanto para se enquadrar nas métricas das bancas (que sempre estão em constantes mudanças, é válido comentar) e, mesmo assim, não conseguem alcançar a tão sonhada aprovação.

Se você se identificou com isso, não fique triste ou se sinta mal por não passar de primeiro no seu concurso dos sonhos ou até mesmo por estar há anos nessa dura caminhada, isso é normal em qualquer lugar e com qualquer pessoa, afinal ninguém é um robô futurista que guarda milhares de informações sobre algo para sempre, não é?

Sentir-se frustrado com concursos públicos é tão comum quanto passar em um, uma vez que dependemos de uma série de fatores para que um ou outro aconteça. E, mesmo que seja muito chato lidar com situações assim, o mais importante de tudo é saber tratar momentos assim com maturidade e responsabilidade, assim como o DODF mostrará agora!

Não se preocupe, não daremos sermão ou coisa parecida, apenas iremos te aconselhar a como se deve agir em casos assim a fim de que você não desista e consiga seguir em frente com o seu sonho!

Vamos começar?

1 – Foi mal? Sim, mas a luta ainda não acabou

Muitos pensam que só porque fracassaram em algo sua jornada chegou ao fim.

Errados, estão completamente errados.

Não é porque você foi mal em uma prova, seja ela do que for (em especial de concursos), que será o início da sua queda no mundo dos certames.
Grande parte das vezes, situações como essas vêm para nos mostrar que erramos em algo (óbvio), mas que só falta pouco para chegarmos onde queremos.

A luta não acabou. O seu cargo público está te esperando, junto do dia da sua posse e do dia em que você verá o seu nome escrito no Diário Oficial como o novo servidor público de algum órgão.

Várias pessoas desistem no começo e perdem de ver a linda conclusão de suas jornadas, que mal começaram e já tiveram seu fim prematura pela síndrome do impostor de seus detentores.

Não importa a sua idade (que é um fator que muitos levam em consideração nesse caso, mesmo que não precise), o quão difícil está sendo passar em tal concurso ou o que será necessário sacrificar para tê-lo em suas mãos (como blocos de estudo aos fins de semana, por exemplo), você tem sua vida inteira para conseguir tomar posse do cargo público que você sempre sonhou.

O que importa que seus primos já passaram? Ou que os influenciadores da internet estudam dez horas líquidas por dia para o mesmo concurso que você? Se comparar com essas pessoas é, além de não ser nada saudável, algo tão tóxico que pode chegar a adoecer alguém.

Lembre-se: ninguém tem as mesmas vivências, as mesmas rotinas, as mesmas facilitações e ainda os mesmos recursos quando o assunto é estudar para concursos. Você, e somente você, sabe do seu esforço, do que você precisou sacrificar para chegar onde chegou e da sua capacidade, então não vale nem um pouco a pena se comparar com pessoas que vivem uma vida extremamente diferente da sua.

A luta não acabou, e esse “fracasso” pode ser o começo do seu sucesso.

2 – Caso seja necessário, procure ajuda psicológica para lidar com as emoções

Infelizmente, lidar com a frustração em concursos públicos pode afetar nossa saúde em demasia, ainda mais a psicológica.

Nosso cérebro, com a síndrome do impostor instalada em seu sistema contra a nossa vontade, faz com que pensemos que não somos capazes de atingir a aprovação em algo, o que nos leva a ter problemas de saúde mental, como ansiedade, síndrome do pânico e depressão.

Seja no mundo escolar, acadêmico, dos vestibulares ou dos concursos, nem a pessoa mais inabalável está livre de passar por baixas emocionais quando se têm fracassos em certames.

O mais importante a se fazer em momentos assim (além de aceitar que a luta não acabou), é procurar ajuda psicológica, seja em psicólogos ou em psiquiatras (para casos mais graves que precisam de medicação).

Esses profissionais nos ajudarão a entender que a reprovação não é o fim do mundo, uma vez que ela faz parte do processo de conquistar uma vaga em um cargo público.

Não adianta, ninguém está ileso dessa parte da trajetória, até mesmo os que passaram de primeira nos seus cargos atuais. Quem é concursado sempre irá almejar cargos maiores, que pagam melhor que os seus atuais, e mesmo que tenham alcançado esse grande feito em suas primeiras tentativas, até mesmo essas pessoas estarão sujeitas a reprovarem em seus concursos futuros (o que não é ruim, mas que faz parte do processo, lembra?).

Caso você não tenha condições de pagar profissionais particulares, o SUS (Sistema Único de Saúde) é uma ótima opção, pois ele possui bons profissionais, existe perto de sua casa em UBS (Unidade Básica de Saúde) ou em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e, ainda por cima, é gratuito.

Agora, digamos que você não se sente abalado com essa reprovação, o que é possível fazer?

Mesmo com esse cenário, recomendamos procurar ajuda profissional, pois será com o auxílio do seu psicólogo/psiquiatra que você seguirá novamente em sua trajetória com mais facilidade, uma vez que você terá com quem contar, afinal.

3 – Identifique onde você errou na prova (a fim de encontrar seus pontos fracos)

Se reprovamos em uma prova, é porque erramos em algo.
E será ao encontrar esses erros que você estará um passo à frente até sua aprovação.

Seja com seu caderno de questões ou com seu gabarito (existem concursos, como os do TJSP, que os candidatos só levam o gabarito para casa), veja no site da banca os principais pontos em que você errou e que fizeram você reprovar no certame, anote as questões e as matérias que você precisa melhorar para, assim, organizar um novo ponto de partida.

Sim, existem matérias que serão nossas inimigas até o fim (até os aprovados pela primeira vez na vida tem suas diferenças com algumas), e às vezes nem é preciso virar o melhor aluno nelas para conseguir ter sua aprovação, mas sim acertar a quantidade de questões que for preciso para chegar nesse patamar.

Verificou em quais matérias você foi mal? Ótimo, anote seus principais erros nelas e veja o que faltou para você acertar mais das matérias que domina, porque elas serão seu carro chefe até o fim, acredite no que dizemos.

Para concursos públicos, assim como vestibulares, quanto mais questões você acertar, melhor. Sendo assim, procure melhorar ainda mais nas matérias que você é melhor e acertar o mínimo nas que você não é tão bom (afinal, acertar três de seis é melhor do que não acertar nenhuma).

4 – Busque apoio de familiares e colegas do mesmo ramo

O apoio da família e de amigos que estejam no mesmo barco que você e que te entendam, é mais valioso do que qualquer Joia da Coroa que possamos conhecer.

Sem eles, ninguém vai a lugar algum, porque é recorrendo ao nosso porto seguro que conseguimos chegar onde sempre desejamos.

Não precisa ficar com sua família inteira caso você não se sinta bem com ela, o apoio de uma mãe, pai, tio e até mesmo avó já vale por uma família de quarenta pessoas. Se você não se sentir confortável em contar tudo, apenas passe um tempo com eles, seja assistindo a um filme ou apenas conversando sobre assuntos que te façam bem.

Com amigos que estão no mesmo barco que você, será mais fácil de receber e dar consolo mutualmente do que com colegas que não sabem o funcionamento de um concurso, entende? Vocês podem marcar um dia para que um possa ajudar o outro, seja ensinando matérias que alguém tenha dificuldade ou fazendo blocos de estudo juntos, incentivando assim que todos possam seguir em frente ao mesmo tempo, em que estão absorvendo o conhecimento necessário para a sua aprovação.

5 – Revise sua rotina e veja onde você pode melhorar

Como dissemos anteriormente em artigos passados, rotina é a base de tudo.
Sem uma rotina eficaz e que seja perfeita para VOCÊ, não é possível ir a lugar algum.

Se você, por infortúnio do destino, não conseguiu atingir sua tão sonhada aprovação, então é porque alguma coisa você fez de errado na sua rotina.

Seja deixar o estudo de lado para ir a festas, passeios que podiam esperar (como cinemas, onde os filmes sempre vão para o streaming depois de um tempo) ou até mesmo não revisar porque “já sabia de tudo”, são erros comuns entre candidatos eliminados de concursos públicos.

Cada elemento da sua rotina te dirá se você terá condições, ou não, para enfrentar 5 horas de prova numa cadeira dura e com várias pessoas à sua volta disputando a mesma vaga que você. É por conta dessa “rotina” que o DODF tanto gosta de falar em seus artigos que vários concurseiros conseguem tomar posse.

Para início de conversa, você irá sentar com calma e rever todos os seus passos que podem ou não terem te dado esse “fracasso”. Com os tópicos anotados, você verá o que é possível ou não mudar, afinal, concurseiro precisa lidar com outras obrigações além dos estudos, como trabalho, faculdade, casa, família…

A fim de te ajudar nessa volta por cima, deixaremos aqui um belo artigo nosso sobre como você pode montar uma rotina/cronograma de estudos personalizado e que atenderá a todas as suas demandas!

6 – Sem mais delongas, saiba que desistir não é uma opção

Não é porque você achou uma pedra no caminho que este será o seu fim!
Desistir está longe de ser uma opção para um concurseiro, porque será através da tão sonhada aprovação, do dia que você tanto espera tomar posse que sua vida irá melhorar em altos níveis.

Lembre-se: é por meio de um concurso público que você pode sair do CLT, ter estabilidade financeira, férias justas e remuneradas, benefícios que podem ajudar até mesmo sua família e a certeza de que se aposentará no tempo certo, sem a necessidade de trabalhar para além dos 70 anos como, infelizmente, acontece com muitos brasileiros.

Você foi ruim na prova? Tudo bem, você tem muitos anos de vida, muito tempo para ser usado para esses estudos que podem te ajudar a ter a vida que sempre quis! Não pense que só porque teve uma reprovação será o fim da jornada!

Existem pessoas, que passam dez anos colecionando reprovações para, no final do décimo ano, enfim alcançar o lugar que sempre sonhou em ter! Se essas pessoas, que passaram dez anos ou mais para serem aprovadas, não desistiram no meio do caminho, então por que você pensa em desistir?

Sim, é difícil. Sim, exige muito sacrifício. Sim, é um esforço que nos cansa às vezes, mas todos esses momentos complicados serão recompensados no dia que você tomar sua posse e se alegrar com a sua nova realidade: ganhando bem em um cargo que não exige muito esforço (a depender do cargo, claro) e que é o que você sempre quis!

Sua família acredita em você. Seus amigos acreditam em vocês. O DODF acredita em você, então desistir ainda é uma opção a ser levada em consideração depois da leitura deste artigo?

Nós do DODF te desejamos bons estudos e até a próxima!