Fraude em concursos no DF: Bancas são investigadas pela PCDF

O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) foi alvo da PCDF que apurarva esquema de fraudes em concursos públicos no DF.

A operação Panoptes (é uma referência ao monstro gigante da mitologia grega que tinha cem olhos) foi deflagrada na manhã do dia 21 de agosto de 2017, segunda-feira.

Com autorização judicial da Vara Criminal de Águas Claras, os policiais civis cumpriram mandado de busca e apreensão no órgão.

A suspeita é de irregularidades em concursos promovidos pelo Cespe pelo menos a partir de 2013, com a participação de funcionários.

Também não está descartada a participação de funcionários de bancas organizadoras, como o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan)

A Deco cumpriu 4 mandados de prisão dos supostos cabeças do esquema, 16 de condução coercitiva e 12 de busca e apreensão. Entre os alvos, estão Hélio Ortiz e o filho, Bruno Ortiz, envolvidos em várias denúncias de fraudes em concursos, desde 2005 quando foi deflagrada a Operação Galileu.

Por volta das 10h, três carros da Polícia Civil deixaram o Cespe e três viaturas permaneceram no local. Pouco depois, representantes do Ministério Público Federal chegaram ao prédio, que fica no campus da UnB.

Em nota, o Cespe informou que acompanha e apoia a investigação da PCDF e ressalta, que está colaborando com a PCDF durante toda a ação e é o maior interessado no esclarecimento dos fatos.

Confira nota do Idecan

“O Idecan informa que, diferente do que foi noticiado por este veículo de imprensa, não há nenhum registro de quaisquer fraudes ocorridas em quaisquer etapas do concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e tampouco houve busca e apreensão no instituto, nem qualquer notificação ou contato da Polícia Civil do DF. O que há é uma investigação a uma quadrilha sobre suspeita de tentativa de fraude.

O Idecan ressalta que adota rigorosos procedimentos de segurança e controle, que visam coibir qualquer tentativa de fraude, não compactuando com quaisquer práticas ilícitas. Neste sentido, o Instituto está à disposição das autoridades responsáveis para auxiliar e contribuir com a investigação.”

A organização criminosa agia cobrando dinheiro para garantir vagas no concurso do Corpo de Bombeiros e aliciando candidatos.

Estão sendo investigados outros concursos realizados nos últimos cinco anos, entre eles o da Secretaria de Educação e exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

As investigações começaram após denúncias de fraude no concurso do Corpo de Bombeiros.

A operação, identificou pelo menos três modus operandi da quadrilha. O grupo agia com a utilização de pontos eletrônicos, uso de identidades falsas para que outras pessoas fizessem a prova no lugar dos inscritos, além do uso de celulares.

Fontesblogs.correiobraziliense.com.br | www.metropoles.com

POLÍCIA CIVIL IDENTIFICA MAIS DE 100 CONCURSEIROS QUE FRAUDARAM SELEÇÕES

Apenas em meio às investigações iniciais da Operação Panoptes, a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) identificou mais de 100 pessoas que teriam fraudado concursos públicos do Distrito Federal — e o número tende a crescer expressivamente com o desenrolar das diligências.

Esses concurseiros ainda não foram intimados a depor. Contudo, após a prestação de esclarecimentos, podem ser enquadrados no crime de fraude em certames de interesse público, cuja pena pode chegar a seis anos. Eles também devem perder o cargo na administração pública.

Ainda não é possível estimar quantos concursos públicos foram burlados. Contudo, a Deco encontrou indícios de fraude aos certames da Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap), da Secretaria de Saúde e do Corpo de Bombeiros. A seleção da Câmara Legislativa, prevista para dezembro deste ano, também estava na mira da organização. “Todos os certames estão sob suspeita”.

Em contrapartida à aprovação nos concursos, os concorrentes pagavam uma entrada de R$ 5 a R$ 20 mil. Após a posse do cargo público, os concurseiros ainda realizavam um repasse equivalente a 20 vezes a remuneração prevista em edital.

Fontewww.correiobraziliense.com.br

ROLLEMBERG DIZ QUE SERVIDORES DO GDF APROVADOS DE FORMA FRAUDULENTA SERÃO DEMITIDOS

Horas depois de a Polícia Civil deflagrar a Operação Panoptes, que apura esquemas de fraudes em concursos públicos, muitos deles para órgãos locais, o governador Rodrigo Rollemberg disse que os servidores do GDF aprovados de forma fraudulenta serão exonerados.

“O mínimo que se pode esperar é que essas pessoas sejam não apenas demitidas, mas presas”, frisou o governador. Rollemberg também definiu a tentativa de fraudar as seleções públicas como uma “lesão muito grave”. “A gente sabe o tanto que as pessoas dedicam de tempo e de recursos para estudar para um concurso público e é um absurdo que esse processo seja burlado”, completou.

Fonteblogs.correiobraziliense.com.br