Concursos DF 2018: Orçamento do GDF prevê poucos concursos e nenhum reajuste salarial

Segundo a secretária de Planejamento, Leany Lemos, serão nomeados apenas aprovados em concursos da segurança, saúde e educação

Sem previsão substancial de aumentar a arrecadação, o Palácio do Buriti decidiu que no ano que vem só serão nomeados em concursos (Concursos DF 2018) os aprovados nas áreas de segurança, saúde e educação, caso o DF mantenha o gasto com pessoal acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – de 46,55% em relação à receita corrente líquida.

Nomeações em Concursos DF 2018 fica limitado

O limite previsto para gastos com nomeação de servidores é R$ 50 milhões. Caso esse limite aumente, serão chamados aprovados de outras áreas, segundo informou nesta segunda (18) a secretária de Planejamento, Leany Lemos.

Ela disse, ainda, que não há previsão de reajuste para os servidores públicos. “Implementar aumento dentro das nossas previsões de caixa não é possível”, justificou. A medida vale, inclusive para os policiais civis do DF, já que haverá queda, segundo o governo, nos repasses do Fundo Constitucional.

No mês passado, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) já havia dado sinais de que o orçamento do ano que vem seria enxuto, apesar de ser ano eleitoral e ele ter planos de se manter no comando do Executivo local.

Quando publicou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), turbinada pelos deputados distritais com previsão de ingresso de 19.898 novos servidores nos quadros do GDF e da Câmara Legislativa, ele vetou 8.001 vagas incluídas via emenda parlamentar. Entre elas, os postos previstos para a Secretaria da Criança, Polícia Civil e Militar.

Arrecadação estável

De acordo com a secretária, as receitas previstas para o ano que vem somam R$ 26,95 bilhões, além de R$ 13,6 bilhões do Fundo Constitucional do DF, repassados pela União, e R$ 1,86 bilhão para investimentos das estatais, alcançando um total de R$ 42,4 bilhões para o próximo ano. As novidades são a inclusão do orçamento colaborativo e do Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF).

A evolução do orçamento mostra crescimento de apenas 0,1% na previsão das receitas de 2018, em comparação com a Lei Orçamentária vigente para 2017, de R$ 26,90 bilhões.

A estimativa enxuta, segundo o Palácio do Buriti, se deve ao cenário de crise nacional, que também repercute no Distrito Federal, com queda de cerca de R$ 174 milhões no repasse do Fundo Constitucional, em relação ao que estava previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias 2018, valor calculado com base no desempenho da arrecadação do governo federal.

De acordo com Leany Lemos, o GDF não trabalha com aumento de tributos para 2018 como uma forma de reforçar o caixa.

Fontewww.metropoles.com