Concurso MRE: Deputada recomenda a contratação de Diplomata sem concurso

A Deputada Geovania de Sá (PSDB-SC) encaminhou ao ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), na última quinta-feira, 9 de junho de 2016, um ofício no qual pediu que o chanceler contrate um indicado por ela, Maurício Studt, como diplomata mesmo sem ele ter prestado concurso público. Ela solicita que Serra o autorize a exercer a função em Brasília (DF) ou em Florianópolis (SC).

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Pelas regras atuais, só pode atuar na carreira de diplomata quem é aprovado em um concurso do Instituto Rio Branco, vinculado ao Itamaraty, e que prevê diversas fases. A prova exige, por exemplo, conhecimentos em áreas como história nacional e internacional, política nacional e internacional, economia, direito administrativo e internacional, geografia e línguas estrangeiras, como inglês, espanhol e francês.

Conforme o edital deste ano para o concurso, que é de responsabilidade do Cebraspe (Cespe UnB), o candidato aprovado para exercer o cargo de terceiro secretário da carreira de diplomata, inicial, recebe salário bruto de R$ 15.005,26.

No ofício enviado a José Serra, de número 027/2016 (com o timbre da Câmara dos Deputados), Geovânia de Sá encaminhou como anexo o currículo de Maurício Studt e alegou que ele é “uma pessoa idônea, responsável e com desejo imenso de trabalhar no Ministério das Relações Exteriores”.

Ao ser questionada a deputada Geovânia de Sá atribuiu, por meio de nota, o fato a “sua assessoria que não conferiu os requisitos básicos para a posse do cargo”.

De acordo com o Art. 35 da Lei 11.440/2006, o ingresso na Carreira de Diplomata faz-se somente mediante concurso público, de âmbito nacional, organizado pelo Instituto Rio Branco.

Fonte: g1.globo.com